terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

SOL


Penélope teceu a sua tela que parecia não ter fim, enquanto esperava por Ulisses que partira por muito tempo sem saber se voltaria...

A minha tela é o uso que faço dessa virtude que é saber esperar, e na espera alimentar as boas lembranças para não as deixar morrer...
Espero pelos dias de sol, aquele que todos os dias nasce, que mais do que o corpo nos aquece a alma, está sempre lá, apenas os seus raios parecem não nos querer alcançar, eu quero voltar a sentir...



Paulinho Moska e Kevin Johansen-Waiting For the Sun to Shine

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Mazgani



Somewhere Beneath This Sky

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Quando ninguém me vê...















"Às vezes elevo-me, dou mil rodopios,
Às vezes confino-me atrás de portas abertas.
Às vezes conto-te o porquê deste silêncio
É que às vezes sou teu e às vezes do vento.

Às vezes de um fio e a vezes de um cento
E a vezes, minha vida, juro-te que penso:
Por que é tão difícil sentir-me como me sinto?
Sentir-me como me sinto... que seja difícil...

Às vezes olho-te e a vezes deixas-te ir,
Emprestas-me as tuas asas, examinas as tuas pegadas.
Às vezes por tudo ainda que falhe,
Às vezes sou teu e às vezes de ninguém.
Há vezes em que juro, que de fato lamento
não te dar a vida inteira, dar-te somente esses momentos.
Por que é tão difícil viver?
Apenas isso, viver, é só isso, por que é tão difícil?


Quando ninguém me vê, posso ser ou não ser.
Quando ninguém me vê, ponho o mundo ao contrário.
Quando ninguém me vê, o corpo não me limita.
Quando ninguém me vê, posso ser ou não ser.

Escrevo-te do centro da minha própria existência,
Lá onde nascem as ânsias, a infinita essência.
Há coisas muito tuas que eu não compreendo
E há coisas tão minhas, mas que eu não vejo.
Suponho que penso que não as tenha,
Não entendo a minha vida, acendem-se os versos,
Que às escuras digo-te "lamento!", "não acerto!".
Não acendas as luzes pois estou com
A alma e o corpo nus.

Quando ninguém me vê..."

A.Sanz