
Estou a responder-te finalmente, mas, olha que não sou como tu , tu escreves com pena e alma numa sintonia tresloucada, eu com uma caneta, sou somente o teu Max Brod, so you said ...
Guardo os rascunhos de um caderno testemunha de pensamentos desenfreados... Sou o guardião dos teus gritos silenciosos. Eu escrevo apenas...
O sal continua a arder-te nas feridas ? E o teu açúcar também desaparece com a chuva... e então? Tu és capaz de esquivar-te
bem das facas que te desafinaram a voz que eu sei... Pois, o próprio sol também te abandonou, mas sossega, nas terras de mr. River, algo melhor espera por ti, e não somente as marionetas te farão sorrir acredita, também mandas lá por aquelas bandas, ainda te devolvem a Brasileira para tua grande alegria verás !
Poupas-me assim o trabalho de roubar o tal instrumento de tortura lá no castelo da minha cidade... Com um Jack numa mão e um punhado de amigos na outra serás Corto, o marinheiro aventureiro e que parece sorrir sempre. Se quiseres, ( e é só quereres), serás o Yorke, Cave, Curtis, Constantine, Morpheus, mas sempre pagão de alma enorme e distribuidora.
A tua pena já quase não deve ter tinta a esta hora, o guerreiro frenético não pára dentro de ti e assim te vais despedindo da cidade alheia...
Caminhando contra a poeira, tens um traço sinuoso de lágrima de cada lado da cara, enxuga-as que já chega...Livra-te de te deixares de novo vampirizar, os pescoços estão caros, e é se queres a garrafa de Jack e os "cacahuetes" lá no Club Tropicana! O True Faith vai estar mais uma vez na ordem do dia ( é a minha favorita dos gajos como bem sabes ) mas gostava de viver ( e acho que tu também) à maneira do " Turn my way", claro, quem não gostaria?
Bem, amigo mantém firmes as tuas raízes seculares e não deixes cair nem uma folha do teu caderno...
Vai, vai lá ver as marionetas e depois conta-me como foi pode ser?
Até amanhã!
-I´m working!! Damn! For sake...!Guardo os rascunhos de um caderno testemunha de pensamentos desenfreados... Sou o guardião dos teus gritos silenciosos. Eu escrevo apenas...
O sal continua a arder-te nas feridas ? E o teu açúcar também desaparece com a chuva... e então? Tu és capaz de esquivar-te
bem das facas que te desafinaram a voz que eu sei... Pois, o próprio sol também te abandonou, mas sossega, nas terras de mr. River, algo melhor espera por ti, e não somente as marionetas te farão sorrir acredita, também mandas lá por aquelas bandas, ainda te devolvem a Brasileira para tua grande alegria verás !
Poupas-me assim o trabalho de roubar o tal instrumento de tortura lá no castelo da minha cidade... Com um Jack numa mão e um punhado de amigos na outra serás Corto, o marinheiro aventureiro e que parece sorrir sempre. Se quiseres, ( e é só quereres), serás o Yorke, Cave, Curtis, Constantine, Morpheus, mas sempre pagão de alma enorme e distribuidora.
A tua pena já quase não deve ter tinta a esta hora, o guerreiro frenético não pára dentro de ti e assim te vais despedindo da cidade alheia...
Caminhando contra a poeira, tens um traço sinuoso de lágrima de cada lado da cara, enxuga-as que já chega...Livra-te de te deixares de novo vampirizar, os pescoços estão caros, e é se queres a garrafa de Jack e os "cacahuetes" lá no Club Tropicana! O True Faith vai estar mais uma vez na ordem do dia ( é a minha favorita dos gajos como bem sabes ) mas gostava de viver ( e acho que tu também) à maneira do " Turn my way", claro, quem não gostaria?
Bem, amigo mantém firmes as tuas raízes seculares e não deixes cair nem uma folha do teu caderno...
Vai, vai lá ver as marionetas e depois conta-me como foi pode ser?
Até amanhã!
"-Olha e esse ar todo a alastrar?
-Ok o ar, o ar, não precisamos dele para respirar?
- E se o partilharmos como ficamos?
-Respiramos a meias."
- Sonha... Sonha... Não dês SONHOS... SONHA...
Qual lagarto invertebrado com um pedaço de pão numa mão e um cigarro na outra, vou observando o seu estado sólido...
A pessoa magistral vai dizendo suavemente:
- Sei quem tu és, somos feitos da mesma bolha de água...
Escuto comboios a zumbirem e lembro-me de calcorrear rochedos visualizando o mar...
Lembro-me duma frase que perdura num desses rochedos desde final dos anos 30...
- Must catch the bus; I'm so fucking tired...
E de repente, o verde matinal percorre o meu pensamento de uma forma fugaz...
A pessoa continua a murmurar na minha mente:
- Sei quem és tu.... nascemos na mesma bolha de ar...
Levito qual monge tibetano numa grandiosidade imensa que me turva o olhar e mostra a minha pequenez diante do mundo, no qual achamo-nos quase DEUSES:
- One more on his life...
Vão dizendo dois velhos um para o outro...
Qual pardal ferido, entro num voo crescente sem encostar asas ao vento... A maré que me banhe...
Sinto o ar gélido no peito, continuo a ouvir a entidade suprema:
- Não te esqueças que eu sirvo as pessoas no essencial e nunca no supérfluo, mas adoro perder-me nos mundos que crio também..
Qual movimento perpétuo agarrado a uma guitarra, vou segurando a minha mala como se se tratasse da caixa de pandora...
A pessoa continua a dizer-me:
- Respira... Breathe in and out... Les rêves sont réeles.. RÊVE...
A pessoa está a olhar para mim e a observar os meus olhos com uma exactidão imensa e vai dizendo:
- Was wuenschst du in leben?
Eu lembro-me de nunca ter visto neve...
Lembro-me de sonhar com ideias concretas, mas o concreto pode ser muito obsoleto...
- Papel... Papel.. Papel... Qual caixa de fósforos desmesurada...
Vai balbuciando uma senhora de meia idade que passa ao de leve por mim...
- Sou uma celta que percorre mentes convulsas... Sou uma druída que entoa os seus preparativos para o meu interior...
Tenho uma casa pequena, but what the fuck, it's mine, isn't it?
E palavras borbulham num crescente innuendo de cores multiformes...
- Aiiiiiiiiiiiiiiiiii..Quem me dera caminhar como tu...
Vai balbuciando um rato para um gato...
De repente aparece uma tesoura que corta o papel e forma pequenos origami de sonho e sem interrogações ou exclamações, escuto isto em uníssono:
- Sou um grito, sou um CHORO, mas acima de tudo sou um RISO..."
FIM
Para ti