"Às vezes elevo-me, dou mil rodopios,
Às vezes confino-me atrás de portas abertas.
Às vezes conto-te o porquê deste silêncio
É que às vezes sou teu e às vezes do vento.
Às vezes de um fio e a vezes de um cento
E a vezes, minha vida, juro-te que penso:
Por que é tão difícil sentir-me como me sinto?
Sentir-me como me sinto... que seja difícil...
Às vezes olho-te e a vezes deixas-te ir,
Emprestas-me as tuas asas, examinas as tuas pegadas.
Emprestas-me as tuas asas, examinas as tuas pegadas.
Às vezes por tudo ainda que falhe,
Às vezes sou teu e às vezes de ninguém.
Há vezes em que juro, que de fato lamento
não te dar a vida inteira, dar-te somente esses momentos.
Por que é tão difícil viver?
Apenas isso, viver, é só isso, por que é tão difícil?
Quando ninguém me vê, posso ser ou não ser.
Quando ninguém me vê, ponho o mundo ao contrário.
Quando ninguém me vê, o corpo não me limita.
Quando ninguém me vê, posso ser ou não ser.
Escrevo-te do centro da minha própria existência,
Lá onde nascem as ânsias, a infinita essência.
Há coisas muito tuas que eu não compreendo
E há coisas tão minhas, mas que eu não vejo.
Suponho que penso que não as tenha,
Não entendo a minha vida, acendem-se os versos,
Que às escuras digo-te "lamento!", "não acerto!".
Não acendas as luzes pois estou com
A alma e o corpo nus.
Quando ninguém me vê..."
A.Sanz
A.Sanz
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