É sempre difícil escolher um poema por entre os que mais gostamos, é um pouco como escolher a roupa para vestir de manhã , seguir os critérios, disposição, temperatura, humor...mas mais difícil.
Assim escolhi este como escolhi uma camisola mais quente por hoje estar um dia mais frio, um dia que parece de outono... :):):)
Um dia que a maior parte das pessoas que conheço associa a tristeza ou a paisagens tristes como o próprio poema o está, já que na colecção do autor se encontra "alojado" na secção"Paysages Tristes,"como adoro a chuva e o vento sorrio sempre num dia assim, sinto a terra à minha volta mais viva e com isso uma
permissão extra para parar um pouco, já que parece que tudo pára também, como se se tratasse de uma tentativa de melhor escutar o recado da mãe natureza.
Gosto das imagens que me vêm logo à cabeça, pessoas a fecharem os guarda-chuvas e a encostarem-se umas às outras nas paragens dos autocarros, como se alguém as pudesse confortar, umas praguejam contra os carros que as molham ao passar, à porta dos cafés olham o céu e reclamam com São Pedro, mesmo assim julgo que têm(quase) sempre pensamentos agradáveis, umas fixam um ponto, outras arrepiam-se quando pensam, chá quente, chocolate quente, pantufas quentes, estar na cama a ouvir a chuva...Sorrio... a menos que algo de muito desagradável se sobreponha a este regra... Nem tudo é mau :):)
Este poema inspirou Serge Gainsbourg numa das minhas canções favoritas deste
(Je suis venue te dire que je m´en vais), sim o poema é triste...não o vento e a chuva de hoje,
e é também perfeito para este dia, por outro lado, considero este "dia de outono" perfeito para
o dia da poesia. :):):)
Chanson d´automne - Paul verlaine
Les sanglots longs
des violons
de l'automne
blessent mon coeur
d'une langueur
monotone
tout suffocant
et blême, quand
sonne l'heure,
je me souviens
des jours anciens
et je pleure
et je m'en vais
au vent mauvais
qui m'emporte
deçà, delà,
pareil à la
feuille morte
Chanson d´automne - Paul verlaine
Les sanglots longs
des violons
de l'automne
blessent mon coeur
d'une langueur
monotone
tout suffocant
et blême, quand
sonne l'heure,
je me souviens
des jours anciens
et je pleure
et je m'en vais
au vent mauvais
qui m'emporte
deçà, delà,
pareil à la
feuille morte
2 comentários:
Adorei a tua descrição do outuno (I love autumn)
Uma sensibilidade extrema.. (ai que somos parecidos em algumas coisas)
ANIMA FRAGILE...
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