Sobre a obra cinematográfica em si, não me ocorre imediatamente comentar, embora deva dizer que é enorme o valor dos actores e de todos os elementos que perfazem um todo para que seja garantido o sucesso na tela, não vou dar palpites sobre a grande corrida aos Óscares por falta de sangue-frio neste preciso momento, diria apenas que é uma história irremediavelmente, profundamente triste, linda...
Há uma enorme fantasia nesta história como é óbvio, logo um certo alívio quando voltamos à realidade, há crueldade ao levar-nos a viver e sofrer essa experiência a par e passo com as personagens, mas os sentimentos e o tempo real, esses estão todos do lado de cá do ecrã...
Com um toque delicioso de humor, mostra-nos que nem milagres nem segundas vidas existem para mudar o rumo aos acontecimentos, e as perdas, essas são irreversíveis e muito dolorosas, é um facto...
As nossas vidas não estão escritas, acontecem minuto a minuto, dependemos dos factores que regem outras vidas, o nosso rumo depende de nós próprios mas de muitos acasos também, aproveitar-mos cada momento que temos é o que importa, sermos o que queremos ser, e fazermos o que queremos fazer, mais do que o tempo que nos é possível viver, é isso o mais importante, e o amor, o verdadeiro amor, e todas as formas de amar, essa é sem dúvida a mensagem que prevalece...
Senti-me angustiada "dentro" deste filme intenso e difícil, e se chorei, ainda bem que há um sol imenso hoje lá fora, é caso para dizer mais uma vez "be thankful for what you´ve got"
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