domingo, 24 de maio de 2009

Fever Ray

Eu já previa que iria gostar muito do projecto Fever Ray, excelente resultado do trabalho a solo da fantástica KarinDreijer Andersson que com Olof Dreijer formam os The Knife, que aliás já se sentaram aqui na cadeira.
O álbum tem desde o primeiro minuto e até ao fim, as marcas mais do que evidentes do anterior projecto a dois.
A voz de Karin por vezes surpreendentemente moldada por fantásticos efeitos, que parecem trazer um elemento adicional à banda(também constantes em qualquer álbum destes dois irmãos suecos), não deixa dúvidas quanto ao facto de ser inconfundível e aos meus ouvidos muitíssimo agradável.

A mensagem continua soturna, solitária, melancólica, nostálgica, naïf mas poderosa e cheia de sonhos, mas de um modo que não me entristece nada, a sonoridade como sempre continua com uma identidade muito própria, eu arriscaria dizer que oscila entre o primitivo, misterioso, cru e o que de mais futurista existe, como uma espécie de selva virtual, a voz ouve-se como um instrumento para além do instrumento que qualquer voz já é, acho pouco provável a simples tentativa de comparação com algo do que por aí se oiça no género...
Não me canso de ouvir, isso seria difícil, acredito que tudo o que esta voz toca se transforma em ouro, então faça o que fizer acho que irei aprovar pois julgo ser a razão principal pela qual eu gosto tanto destas duas bandas.
Mais calmo mas sem nos distanciar quase nada de The Knife o que não me desagrada nada, tenho até a impressão de estar a desfrutar já de um novo disco deles por mim tão esperado...

Deste fabuloso vídeo onde Karin continua a não querer aparecer, digo apenas "less is more".

When I Grow Up -Fever Ray - Fever Ray (2009)

2 comentários:

Aqualung disse...

Pois pois, já tinha ouvido que ela tinha um projecto a solo (a Radar ou a Oxigénio tinha me despertado para isso).

Mas fui adiando o ouvir...

Situação já corrigida.

GRAINOFSAND disse...

ehehhehehh! já não levas falta a vermelho! :) :)